SOZINHO
(Sócrates Di lima)

Na maioria das vezes,
No meu silencio eu me encontro,
Deparo comigo toda vez,
Que calo a alma e não me mostro.

Sozinho...
há em mim um silêncio profundo,
Nas vertentes de um sinuoso caminho,
Resolvo-me no meu mundo.

E penso, na razão que penso agora,
E olho o jardim ali fora em outros lugares
Nem mesmo o vento eu vejo nas copas das árvores,
Tamanho é o silêncio que me apavora.

E se o cântico do Eu sozinho,
Não se alarda e nem se ouve em outro lugar,
A distânicia não dá o jeitinho,
Que o Eu sozinho quer dar.

De repente ouço vozes de passarinho,
Que falam e não gorjeiam...
É como ouvir estrelas no ninho,
Quando o amor em dois se deitam.

Tento então decifra-los,
São vozes de periquitos...
Que sem a sua mata para mantê-los,
Vagueiam em outros cantos esquisitos.

E no meu próprio silencio,
Fico imaginando eu e você...
E nesta saudade silenciosa um anuncio,
De que sozinho estou e sem nenhum por que.

Ah! que este silêncio não me traz preocupação,
Nem por ora me tira a paz,
Mas, faz eclodir a minha emoção...
Que no eu sozinho, um certo presságio traz.

Como se na estrada,
Caminhante mochilado...
Embusca de um bem pra ser amado,
Seguindo sozinho por vocë emancipado.

Jardinópolis-SP., 24 de outubro de 2013.
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 24/10/2013
Reeditado em 24/10/2013
Código do texto: T4540210
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