Dualidades


Se, como ora dizes, realmente me amas,
E, pelas circunstâncias da vida, me temes,
E tanto me desejas como eu também te desejo,
E, no entanto, foges de ti, pondo-me de lado.
Dizes que me quer bem próximo e te afastas,
Que me quer dentro de ti, contigo, a teu lado,
E que entendes e pensas que é impossível,
Por teu peito, um dia meu, se encontrar ocupado.

Se, como eu, desejas viver a volúpia deste amor,
Em troca do de carinho, afeto e serenidade,
Que também encontrarás sempre a meu lado,
Repleto das emoções que já vivemos antes,
Não permite que se aplaque e abrande o calor
Que encontras em meus braços, cheios de saudade,
Permite que, bem mais que o eterno namorado,
Seja também, a cada momento, o amado, o amante.

Substitui o temor com que ora te expressas,
Acrescenta um “erre” e entenda-o como tremor
Chama-me, dar-te-ei as mãos enquanto atravessas
O momento mágico em busca do verdadeiro amor.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 24/10/2013
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