Jogos & Flertes!

Caçapa, cada aperto no coração,

Bomba, bomba, flerte & apertos,

Conversa fiada para mudar de assunto,

Espera alguma revolta, até nenhuma,

Espera divergências, da espera aflita,

Se nada espera, o que será que se perde...

Dos pés no chão, o frio do piso,

Uma voz que se cala, quando nada é propício,

Falseando assuntos em novos discursos,

Bate no coração feito pedra de atiradeira,

Sabe que lá no fundo, bem machuca...

O que se pode fazer é apenas ouvir calado,

Chorar solitário em algum canto escuro

Sem que ninguém perceba, sempre só...

Sina maldita para acompanhar por longo tempo,

Pedra enroscada na garganta, pigarro seco,

Lá vem outro cigarro derrubando suas cinzas,

Corre o dia & a noite feito luz, corre ao tempo,

Pelo que se faz, de tudo que se espera,

Fica o olhar noutro vazio na calada da noite,

Um tom mais doído tocando pela rádio,

Daquilo que faz para aquilo que se espera...

Vazas na noite, lâmpada incandescente,

A mesma tomada, a falta de tudo, como falta,

O querer vazando pelos poros sem destino,

Jardim sendo regado para a primavera...

Vai passar o inverno incubado, preso, amarrado,

Cordas grossas para se soltar só com as unhas,

Sim, leva tempo para cortar tudo, como leva...

Mira a água que vaza em cada lágrima derrubada!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 18/04/2007
Código do texto: T453901
Classificação de conteúdo: seguro