Para Elisa

Você esteve tão longe, mas (também) tão perto

nesse tempo-vento que, de repente, é brisa

que essa distância que parecia deserto

me veste, agora, como se fosse camisa.

Sua proximidade é um sonho incerto

para um poeta que não sabe onde pisa

e teme seguir por esse caminho aberto

onde o espera uma musa-poetisa.

Pela amizade (que é um amor liberto

do apego cego que sempre o escraviza)

eu me deixo levar nessa estrada tão lisa

porque sei que ela é o caminho mais certo

quando o ser caminhante é um tal Alberto

e o ponto de chegada é você, Elisa.

10-10-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 23/10/2013
Reeditado em 10/12/2015
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