Para Elisa
Você esteve tão longe, mas (também) tão perto
nesse tempo-vento que, de repente, é brisa
que essa distância que parecia deserto
me veste, agora, como se fosse camisa.
Sua proximidade é um sonho incerto
para um poeta que não sabe onde pisa
e teme seguir por esse caminho aberto
onde o espera uma musa-poetisa.
Pela amizade (que é um amor liberto
do apego cego que sempre o escraviza)
eu me deixo levar nessa estrada tão lisa
porque sei que ela é o caminho mais certo
quando o ser caminhante é um tal Alberto
e o ponto de chegada é você, Elisa.
10-10-2013