Tinta.
Canetas que datam do memorial de uma vida.
Aos corvos a tinta fere. E sangram rios.
Nunca um passo sonâmbulo na revirada lua de inverno.
Pastores vergam-se nas lápides. Lobos esperam-lhes a morte.
Os sinos impiedosos na memória. Tocam-se de afeto aos pobres.
Há bruxas e quebra-nozes.
Duendes e lunáticos.
Poetas e…
O sangue da tinta que te escrevo.
Na espera do beijo que a chuva bebeu de mim.