RETALHOS

Tu e eu... é assim quando me precipitas...

A flor do vale, o rio que ali perpassa,

Talvez há noite ainda lá por fora...

Borboletas que revoam sobre o verde...

E a luz encandesceste da aurora...

Um infinito sentir na alma em chamas...

Por que não me amas?...

No aconchego a luz... o cheiro de relva...

O amor entre sussurros e beijos...

O vento... e eu...

Ao som da lira, um beijo...

Penas revoam, doutos sentimentos...

Andorinhas que a tarde acolhe ao prado...

E ao vale distante, um lamento...

Das tardes, a cortina...

A penumbra das noites...

Quantas queixas ao vinho...

Peitos que amam...

Prantos... açoites...

Teu olhar, porém, em meio a tudo...

E um poeta mudo...

Obs: estou em busca de um novo estilo, onde o poema não precisa ser entendido, mas sentido.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 17/04/2007
Reeditado em 23/08/2007
Código do texto: T453775