Des(Fazer)
A ternura salta os olhos.
Envolta por um título em descompasso
Segue sem prumo e silencia.
Enquanto o mundo se orquestra em fatos
Eu me desfaço em prosa
Pra virar poesia.
As letras deslizam no papel
Dançando como Pina Bausch
Não me diga que não entende,
Isto não foi feito pra entender.
Depois,
Uma e tanta da madrugada
Lá sei eu o que dizer?!
Laço eu o verso por mania,
Nestas linhas desarranjadas.
Doa a quem doer.