Des(Fazer)

A ternura salta os olhos.

Envolta por um título em descompasso

Segue sem prumo e silencia.

Enquanto o mundo se orquestra em fatos

Eu me desfaço em prosa

Pra virar poesia.

As letras deslizam no papel

Dançando como Pina Bausch

Não me diga que não entende,

Isto não foi feito pra entender.

Depois,

Uma e tanta da madrugada

Lá sei eu o que dizer?!

Laço eu o verso por mania,

Nestas linhas desarranjadas.

Doa a quem doer.

Karoline Correia
Enviado por Karoline Correia em 23/10/2013
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