TODOS NÓS POETAS SOMOS IGUAIS?

Penso tanto que tenho o que os outros tem,

que sou o que os outros são,

que sofro enquanto sozinho,

quebra cabeça incompleto,

enquanto última peça,

não se encaixa no último lugar vazio!

Sinto que a minha felicidade teima em residir nos outros,

que meus sorrisos prescindem de outros tantos,

doutras bocas...

E que meus olhos, procuram brilho,

em olhos a si tão estranhos...

Vejo se entrelaçando, o meu com o teu destino,

e tenho medo;

Vai que o tempo te consuma primeiro!

Vai que sem aviso me leve embora...

Temo pensar, não quero pensar, nem sentir, nem sonhar,

que tudo tenha sido apenas mais um desengano!

Edvaldo Rosa

13/07/2013

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