Cidade

rostos, corpos, ausência

as ruas cheias; tão vazias

tateando no escuro procurando

algo que nos tire dessa monotonia.

ruídos, berros e gritos

um som mudo que corre as esquinas.

os muros cercam as calçadas lotadas

os passos ecoam nos pedregulhos.

sabemos o que procuramos

e encontramos o nada, abismo.

a brasa acesa consome o tempo,

os relógios não cessam o movimento.

frenético batimento

solidão em andamento

as figueiras, o cimento

a respiração da cidade; saudade.

pedro toscan
Enviado por pedro toscan em 22/10/2013
Reeditado em 22/10/2013
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