Cidade
rostos, corpos, ausência
as ruas cheias; tão vazias
tateando no escuro procurando
algo que nos tire dessa monotonia.
ruídos, berros e gritos
um som mudo que corre as esquinas.
os muros cercam as calçadas lotadas
os passos ecoam nos pedregulhos.
sabemos o que procuramos
e encontramos o nada, abismo.
a brasa acesa consome o tempo,
os relógios não cessam o movimento.
frenético batimento
solidão em andamento
as figueiras, o cimento
a respiração da cidade; saudade.