O canto da cigarra
Sinto frio nas noites vazias,
entre sonhos foscos,
eu, minha arritmia
silencio rondando paredes
entre pensares loucos.
Lá fora canta uma cigarra
como a dizer-me algo
e esse algo desliza barrancos
ao som das citaras dos anjos,
agora longe muito longe
para que eu não possa mais escutar.
Ouço mantras, para aliviar
mas não tenho paz...
Meu universo ainda pulsa
tentando explicar que momentos morrem,
almas gêmeas inexistem
e que o sonho escorre como chuva,
evapora e seca e se enterra
na terra do nunca.
Suzette Rizzo _ October 21, 2013