O TERNO E O GIZ
As listas finas do meu terno
risco-as com a ponta lilás
do meu giz sempiterno.
Trezentas mil luas mutáveis
semeio em minha lavoura
de crisântemos meridionais;
prévios arados de luzes tropológicas.
Antes meu terno desusado e roto,
o giz que se teima inesgotável,
antes o vento sobre meu verso torto.