O TERNO E O GIZ

As listas finas do meu terno

risco-as com a ponta lilás

do meu giz sempiterno.

Trezentas mil luas mutáveis

semeio em minha lavoura

de crisântemos meridionais;

prévios arados de luzes tropológicas.

Antes meu terno desusado e roto,

o giz que se teima inesgotável,

antes o vento sobre meu verso torto.

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 26/08/2005
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