Quando a minha face encosta à tua
Há um gosto de chuva guardada no olhar
Há um gosto bom de chuva intensa
Que desce a face corando o riso
Há um gosto bom de chuva querendo sol
Formando arcos coloridos
Nas digitais do olhar quando se vêem assim
Brevemente no envolver das horas
Mudos, escondem-se
Apenas o silêncio fala
E o gosto da chuva os envolve
E todo pensar distante...
Fazem-se barcos
Navegando pelas mesmas águas das chuvas de antes...
Há uma calmaria prevista no olhar
[sempre que a minha face encosta à tua]