Inverno

Pergunta sem resposta, eterna.

Fria como no fim literário

Antiga, na lida moderna.

Será corajoso ou temerário?

Viver nova perspectiva, bela.

Seguir em busca do calor, seguro.

Nas heréticas palavras de Antonella.

Há mais verdades, juro.

Que nos gélidos sorrisos da hiena dissimulados.

Tão falsos,perigosos e religiosos, enganam.

Prometem não cumprem maldados

Poderes, irresponsável, emanam.

E os negros cabelos, também frios lábios.

Da fácil e mecânica vida, profana.

Enxergam mais que muitos sábios

É estranha sincera, vida cigana.

Sem princípios, morna no inicio.

Semente germina nova, sofrida.

No coincidir com o solstício

Amenizando a dor da velha ferida.