Solidão

Estou agora a te admirar, mar, e, todavia,

Estás tão solitário guardas em ti mil segredos

Assim como eu continua solitário.

Todos aqui passam para te apreciar, e, ao final,

Sozinho descansas na imensidão do infinito de ti mesmo,

Abres te em mil feridas, em cada instante qual meu coração,

Em tuas ondas que vem buscando da praia companhia, e voltam

Levando ilusão.

Beijas a praia, e te afastas, em uma despedida, num eterno buscar

E rebuscar, e, como eu, voltas tristes sem encontrar o que tu procuras

Para te completar em tua grandeza e num eterno conhecer-se, recolhe-se para no outro dia voltar.

És tu como eu mar, e não sabes ainda, que o teu coração igual ao meu pulsa e não sentes, que chora e não vê, lamenta na solidão, mar solitário.

Cida Camilo
Enviado por Cida Camilo em 20/10/2013
Código do texto: T4534119
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