Solidão
Estou agora a te admirar, mar, e, todavia,
Estás tão solitário guardas em ti mil segredos
Assim como eu continua solitário.
Todos aqui passam para te apreciar, e, ao final,
Sozinho descansas na imensidão do infinito de ti mesmo,
Abres te em mil feridas, em cada instante qual meu coração,
Em tuas ondas que vem buscando da praia companhia, e voltam
Levando ilusão.
Beijas a praia, e te afastas, em uma despedida, num eterno buscar
E rebuscar, e, como eu, voltas tristes sem encontrar o que tu procuras
Para te completar em tua grandeza e num eterno conhecer-se, recolhe-se para no outro dia voltar.
És tu como eu mar, e não sabes ainda, que o teu coração igual ao meu pulsa e não sentes, que chora e não vê, lamenta na solidão, mar solitário.