CASINHA BRANCA
Quisera eu ter um rancho
com casa branca caiada,
rede em paredes com gancho,
para ouvir a passarada.
Na frente um rio murmurante,
mergulho da meninada,
pôr-do-sol extasiante
e noites enluaradas.
Na horta, plantar morangos.
Gerânios, pelos beirais.
No mato ver os calangos
formando belos casais.
Arapuca para a caça,
beber da água do poço,
acenar para quem passa,
enquanto o cão rói um osso.
Ver o tempo pela Lua.
Nova, cheia ou crescente!
Poder andar pela ruas
tranquilas de antigamente.
Assar o pão para a ceia,
com bilros tecer a roupa,
bola de gude ou de meia,
cortinas feitas de estopa.
Ir à missa domingueira,
para com fé comungar,
depois, pela benzedeira,
poder o cobreiro curar.
Lavrar a terra com afinco,
feliz e agradecida.
Ouvir a chuva no zinco...
Como se fosse outra vida!
***
Milla Pereira
Eu nasci numa cidade
bem pequena, aconchegante.
Longe de toda maldade
que hoje, está aviltante.
Morava em uma casinha
ao lado de um grande rio.
A gente ia e vinha
nos dias quentes e frios.
Minha mãe, com nove filhos,
- formavam uma escadinha
Nunca perdia seu brilho
sempre, sempre, na cozinha.
Fazia bolos gostosos
pães de queijo, arroz doce.
Os filhos, sempre gulosos,
comiam, fosse o que fosse.
Hoje só restam lembranças
dos risos e alegria.
Dos meus tempos de criança
Era feliz (não sabia!)
***
Hull de La Fuente
A CASA DA SERRA
A minha casinha branca
no pé da serra ficava
perto de uma barranca
e a mata que verdejava.
Da onça o gemido forte
procurando seu parceiro,
nas matas lá para o Norte
me deixava bem cabreiro
E quando chegava a lua
derramando claridade
eu via a terra nua
era só felicidade.
Bela visão verdejante
que o clarão deixava ver
na noite luxuriante
coisa de enlouquecer.
Eu pegava minha viola
e a Deus agradecia
pela riqueza da esmola
que Ele me oferecia.
A natureza bonita
na Serra da Solidão
desfrutei com minha Rita.
Fui feliz, não nego não.
Inspirada em: MEU RANCHINHO (T4533644)
De: jcoelho
Quisera eu ter um rancho
com casa branca caiada,
rede em paredes com gancho,
para ouvir a passarada.
Na frente um rio murmurante,
mergulho da meninada,
pôr-do-sol extasiante
e noites enluaradas.
Na horta, plantar morangos.
Gerânios, pelos beirais.
No mato ver os calangos
formando belos casais.
Arapuca para a caça,
beber da água do poço,
acenar para quem passa,
enquanto o cão rói um osso.
Ver o tempo pela Lua.
Nova, cheia ou crescente!
Poder andar pela ruas
tranquilas de antigamente.
Assar o pão para a ceia,
com bilros tecer a roupa,
bola de gude ou de meia,
cortinas feitas de estopa.
Ir à missa domingueira,
para com fé comungar,
depois, pela benzedeira,
poder o cobreiro curar.
Lavrar a terra com afinco,
feliz e agradecida.
Ouvir a chuva no zinco...
Como se fosse outra vida!
***
Milla Pereira
Eu nasci numa cidade
bem pequena, aconchegante.
Longe de toda maldade
que hoje, está aviltante.
Morava em uma casinha
ao lado de um grande rio.
A gente ia e vinha
nos dias quentes e frios.
Minha mãe, com nove filhos,
- formavam uma escadinha
Nunca perdia seu brilho
sempre, sempre, na cozinha.
Fazia bolos gostosos
pães de queijo, arroz doce.
Os filhos, sempre gulosos,
comiam, fosse o que fosse.
Hoje só restam lembranças
dos risos e alegria.
Dos meus tempos de criança
Era feliz (não sabia!)
***
Hull de La Fuente
A CASA DA SERRA
A minha casinha branca
no pé da serra ficava
perto de uma barranca
e a mata que verdejava.
Da onça o gemido forte
procurando seu parceiro,
nas matas lá para o Norte
me deixava bem cabreiro
E quando chegava a lua
derramando claridade
eu via a terra nua
era só felicidade.
Bela visão verdejante
que o clarão deixava ver
na noite luxuriante
coisa de enlouquecer.
Eu pegava minha viola
e a Deus agradecia
pela riqueza da esmola
que Ele me oferecia.
A natureza bonita
na Serra da Solidão
desfrutei com minha Rita.
Fui feliz, não nego não.
Inspirada em: MEU RANCHINHO (T4533644)
De: jcoelho