DUELO

Sacou da pena um poeta.
Glorioso trovador.
Quis mostrar, o bom esteta,
da palavra, o valor!

Já o internauta moderno
frente à tela digitou:
- Nem que seja no inferno
vou deletar Seu Doutor!

Pediu “calma, meus amigos”,
o bondoso mediador,
que diante do perigo
sacou da arma e atirou.

Estava dada a largada,
que a inspiração atiçou.
Risca-amassa-som de pausa...
no cesto, a bola acertou.

- Já me roubaram uma hora -
disse o outro gladiador.
- Verão o que eu faço agora!
Foi ao Google e pesquisou.

Logo o sol trouxe outro dia,
mas não havia leitor!!
Na terra da fantasia
todo mundo é escritor.

Assim findou o duelo,
sem que houvesse ganhador.
Nenhum poema sincero
nasceu do computador.

Palavras tolas, amáveis.
Da rima tiveram dó.
Versos brancos, descartáveis,
fizeram da letra pó!


***
HLuna
Valorosa sempre fui,
enfrento qualquer parada,
mesmo entre ais e uis,
eu não fujo da jogada.

A trova levo comigo
juntinho do coração,
é conforto, meu abrigo,
meu mundo de ilusão.

A palavra fere, corta,
mas, também, acaricia.
Abre, então, a tua porta,
deixa entrar a alegria.


***
Jacó Filho
Vem da grande Porto Alegre,
Uma escritora, que atenta,
Se inspira e nos alimenta,
De valor, que arte, agregue...
Parabéns!
E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...



***
Hull de La Fuente
Eram quatro valorosos
poetas gladiadores
do embate orgulhosos
da poesia os senhores.
Deixaram-me intimidada,
receosa me escondi
e no tiro da largada
do certame eu fugi.

Voltei para me explicar
Meriam, moça querida,
Palavras não sei usar
mas sou muito atrevida.