Consolo no Infinito

Não chores, pequena Estrela

Abre-te os olhinhos de agridoce, vai aproveitar a vida!

Desliza-te pelos anéis de Saturno como quem dança um tango

Não há hora pra voltar e o céu não é o limite

Se acaso te perder,

Diga-me que enviarei um cometa para lhe buscar

E na imensidão das galáxias tu vais ver

Que és apenas mais um grão de poeira estelar

Não te desespera, doce Estrela

Vai em busca de sua própria constelação.

São apenas Três Marias e não convém ir com as outras.

Se porventura só lhe dão a solidão, só lide

Nesse Mar de estrelas,

Tu tentas te equilibrar em pleno vácuo

Mas a gravidade não permite que sejamos obstinados

Então por que manter os pés em terra firme?

Não te desanima, esquisita Estrela

Tu não és a única a ter o Universo a seu favor

E ainda desejar eloquentemente outro planeta

Que nada lhe trará além de Angústia, Lágrimas e Rancor

Rasgue o Infinito das possibilidades

Ponha um sorriso nessa tua cara fria

Ignore o silêncio ensurdecedor,

Deixe os anjos lhe tirarem pra dançar

Essa valsa repentina

Ouve isso, dramática Estrela?

É o Universo a te observar nessa órbita inconstante

Acreditando que ao fim de tudo, tu serás

Uma Supernova em proporções cósmicas

Irradiante