O corpo de Marighela

Precisamos colher Marighela

da terra na qual sua alma brotou em flor

agora que nenhuma covardia o pode

assassinar

para ele há mais do que uma fresta na porta

uma janela, um parapeito

porque seu corpo não ficou inerte

naquela rua gelada sob as botas de Fleury

da sua metralhadora só saíram os versos

como o seu sonho sempre quis.

(Do livro a sair em Novembro, pela Publiki, A modernidade de Penélope)

Norma Lima
Enviado por Norma Lima em 19/10/2013
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