O MOTE DE VIVER
Os tempos de menino
arquejam
como uma estrela de costas,
fatigada.
Nem mais vemos o rosto
do que fugiu:
trajetórias, sulcos, sendas.
Permanecem,
à sombra,
luas, ruas nuas,
amadas, poemas.
No fundo, no fundo,
a lápide
vai se construindo.
– Do livro BULA DE REMÉDIO, 2008/2009.
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/453157