TARDE AZUL

(Sócrates Di Lima)

Ah! Que nublado amanheceu o dia,

Como se uma manhã triste,

Garoa trazendo o frescor da nostalgia,

E a saudade chega, o coração não resiste.

E o olhar se esvaira na imensidão,

Divaga como quem hipnotizado,

Estático o pensamento faz revisão,

Expurga o que não é do agrado.

E assim segue a manhã de todo dia,

Fazendo com que a garoa matinal vá-se embora,

E logo formata a poesia,

Que a alma se envolve e aflora.

E quando chega o meio dia,

O Sol toma seu lugar e sorri,

Traz luz e calor em pura magia,

E pega-me em devaneios aqui.

Ah! Que a tarde se faz azul,

Feito os olhos da natureza,

E a alma de norte a sul,

Entra em êxtase em sutil leveza.

E a alegria estampa na face,

É sexta-feira....

É dia de deixar todo o disfarce,

Que as dores do tempo marca a alma inteira.

Solto-me em devaneios,

Como um condor iço asas de contentamento,

E espero telefonemas mensageiros,

Trazendo boas novas para meus sentimentos.

E a tarde segue seu ritual destino,

Distante não tanto dos meus aposentos,

Não vejo a hora do anoitecer chamar o sino,

E preparar-me para mais uma semana de encantamentos.

Vê meus olhos uma tarde linda,

Como bela é a vida e o amor de norte a sul

E minha alma se faz mais intensa, ainda,

Porque minha tarde hoje se faz azul.

Jardinópolis-SP, 18/10/2013

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 18/10/2013
Reeditado em 18/10/2013
Código do texto: T4531094
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.