SELO
SELO
Minha poesia são essas ironias, essas hipocrisias.
Essas rotinas,vagas, pertinazes, essas expressões...
Esses verbos, essas elocuções formais!
Essas analogias, essas argamassas, essas máscaras.
Essas cicatrizes,esses vernizes, essas vitrines.
Meus versos são essas sátiras, essas paródias...
E ficam flutuando, entre as realidades da vida,
E um mundo subjetivo, e derivam dos modelos,
Que me oferece drasticamente o cotidiano!
Meus versos são viscerais, pessoal, e abstratos.
São essas utopias, são essas imaginações...
Minha poesia são essas viagens contundentes.
São essas ambições, são essas alucinações.
Que me acicatam, que me fazem sair de mim!
São essas viagens, cujas rimas alternam-se,
Entre os sonhos e o querem as realidades.
Dai ser minha poesia, essas verdades cruas,
Que me impelem, para versar sobre o homem.
Sobre as dores, que os aferroam, suas alegrias,
Seus padecimentos, suas fobias, suas reflexões...
Não sei escrever versos, se não tiver esse homem,
Como centro das atenções, como modelo!
Se a destinação precípua não for tentar minimizar,
Suas angústias, não for direcioná-lo, situá-lo.
Por isso, que as fomes que o denigrem e o avacalham,
Me inspiram, sinto os efeito desess frenesis...
Também na minha pele, também na minha alma!
Albérico Silva