Presente régio
A palavra que cala na minha garganta,
embalsamada por seu olhar de lírio,
é a mesma que escapa no delírio,
é a mesma que jaz sacrossanta.
A palavra que na boca emudece,
petrificada nas espáduas nuas,
é resquício de saudades cruas,
é êxtase que o corpo enlouquece.
A palavra que nos olhos é lida,
e pelo coração é decifrada,
é um presente régio de vida,
para quem à morte é destinada.
A palavra que cala na minha garganta,
embalsamada por seu olhar de lírio,
é a mesma que escapa no delírio,
é a mesma que jaz sacrossanta.
A palavra que na boca emudece,
petrificada nas espáduas nuas,
é resquício de saudades cruas,
é êxtase que o corpo enlouquece.
A palavra que nos olhos é lida,
e pelo coração é decifrada,
é um presente régio de vida,
para quem à morte é destinada.