Sou aquele poeta.

Sou o poeta brincalhão,

Sempre o mesmo menino

Divertindo-se com destino

Em troca de um coração.

Sou o poeta aprendiz

Que se inspira com tudo,

Que se inspira com nada,

Que respira palavra.

Poeta daquele verso inocente

Esparramado na cachoeira,

Soneto feito em corredeira

Do rio crespo do eternamente.

Aquele poeta que ainda sonha

Com a vida durando pra sempre

Na poesia e olhos não nascidos

E versos que a vida acompanha.

O poeta viúvo, mas não entregue,

Que ainda acredita no sentir,

Gorjeio das palavras a cingir

Aquilo que nem a boca consegue.

Poeta vagando perdido na esquina

Para encontrar uma rima.

O que fez da poesia sua medicina

E essência de sua alma.

Wallace Urzais (Wallace Pereira)
Enviado por Wallace Urzais (Wallace Pereira) em 16/10/2013
Reeditado em 17/01/2014
Código do texto: T4528482
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.