Sou rei
Perdido, disperso, largado; Confesso:
Vagando baixinho, sorrindo discreto.
Curtindo o momento cultivo uma flor.
Despedaçando pétalas, driblando a dor.
Com lápis desenho o destino.
Colorindo versos, lhe trago afeto.
Findo o presente; Recomeço.
Peço-lhe o preço do apreço descoberto.
Lhe pago com a paz de um peito inebriado.
E o troco? Guardo dentro da caixinha de sapato.
Com desejo e a fragrância do seu cheiro,
junto ao beijo que de ti foi roubado.
Roubei-lhe!
Ainda assim sorrio, por sorte sou teu.
Começo vagando, andando e cantando,
termino lhe amando; Sou rei.