Sou rei

Perdido, disperso, largado; Confesso:

Vagando baixinho, sorrindo discreto.

Curtindo o momento cultivo uma flor.

Despedaçando pétalas, driblando a dor.

Com lápis desenho o destino.

Colorindo versos, lhe trago afeto.

Findo o presente; Recomeço.

Peço-lhe o preço do apreço descoberto.

Lhe pago com a paz de um peito inebriado.

E o troco? Guardo dentro da caixinha de sapato.

Com desejo e a fragrância do seu cheiro,

junto ao beijo que de ti foi roubado.

Roubei-lhe!

Ainda assim sorrio, por sorte sou teu.

Começo vagando, andando e cantando,

termino lhe amando; Sou rei.

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 16/10/2013
Código do texto: T4527968
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