QUIETUDE...

A noite tem disso:

quando tudo silencia,

balbucia em meus ouvidos

um poema de vento…

E eu que sei desfolhar

quietudes ao sabor

do nada; vou tecendo a

estiagem na dor do dia…

Depois anoiteço.

É que o parto da poesia

rouba-me pelos olhos

uma porção de sangue…

E nem sei se o fruto

da dor fará história.

Talvez, depois que eu

durma o sono eterno!

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 16/10/2013
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