Se cala.

Eu poderia ter dito não.

Ter detido,

ter lhe suprimido.

Eu poderia gritar com meus medos,

Assustar suas alegrias

despertar sua dor.

Eu poderia conter a fraqueza.

Agora estou aqui

em mim,

observando

minha ofuscada luz.

Agora estou aqui,

com medos infantis,

e uma bipolaridade inventiva.

Estou aqui,

habitado pela mãe natureza.

Altamente destrutiva.

Que semeia

a escravidão

das minhas falhas tentativas de compor versos.

De explorar meus inversos.

Agora estou aqui,

e aqui já não se fala

do afago que cala.

Nem mesmo da insanidade

que consola

esta alma sagaz

que aflora

Alada..

Esta terrível alma desajustada...

Que deteriora

a aurora

dos que vêem as coisas,

todas,

em forma.

Aqui, se cala.

David Castro
Enviado por David Castro em 16/10/2013
Código do texto: T4527607
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