Versos ácidos

Aqui ficam os gritos

De uma alma calada.

Que sente no sufoco

Do corpo exposto

O desafio da amortalha.

Que sente nos

versos ácidos,

a ardência no vocábulo da alma.

Uma parte em dor

é refluxo.

É verbo.

É pecador,

mútuo.

Agora,

a laringe inflama.

É o tormento

que a alma canta.

Desafio ir embora

Demônio de outrora

O meu corpo

vê na necessidade do esporro

A liberdade que chora

Que alimenta esta matéria

inorgânica

iludida

e insatisfatória.

Que alimenta os cânticos

desta alma platônica.

Melancólica.

Próspera.

David Castro
Enviado por David Castro em 16/10/2013
Código do texto: T4527581
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