AFOGANDO

AFOGANDO

Perdido no caminho

Encontrei uma esperança.

Em ruas feitas de lastros

Com casarões milenares,

Você apareceu com boia,

Câmara de pneu no mar bravio,

A você me agarrei.

Sozinho na escuridão,

Mar gelado e medo sem fim

E você apareceu.

Medo eterno eu sentia,

Corpo marcado de feridas,

Jogado no mar bravio,

Numa solidão negra sem fim

E você apareceu.

Veio como vela sob o mar

Ou seria pirilampo a piscar?

Eu com câimbra no coração

Parei para boiar e respirar.

Cego pela escuridão

Voltei então a enxergar.

Quem perdeu e quem ganhou?

O perdido na solidão

Ou quem me abandonou?

Já não importa mais

O tempo passou

E alguém estendeu a mão e me salvou.

André Zanarella 13-10-2013

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 16/10/2013
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