NO VENTRE DA ALMA
(Sócrates Di Lima)
Prenha alma gesta,
Na cópula entre ela a e o coração.,
Fecunda o embrião do amor que se manifesta,
Na longa e cuidadosa gestação.
Tantos calafrios,
Tanto calor intenso,
Por vezes arrepios
A que o feto do amor se faz propenso.
Tantas vontades,
Tantos desejos,
Na árdua repressão a ansiedade,
Do amor vingar sem pejos.
Tantos contratempos indesejados,
evolução da barriga que cresce,
A alma prenha carrega os prazeres desejados,
Durante a vida gestativa da qual padece.
E o seu mundo se enche de felicidade,
Quando os olhos deram inicio ao prazer de amar,
Porque na vida a cada dia a alma engravida de verdade,
Para gerar o embrião que dá sentido ao sonhar.
E quando a gestação chega ao fim,
Pari a alegria que alma e coração esperam sem dor,
Cheios e luz, esperança, ternura, enfim,
Dá a luz o nascituro que se chama amor.