Um sexto sentido
Deus, ao me criar em Sua sempre infinita sapiência,
Me dotou de cinco sentidos a nortearem minha vida,
Que me conduzissem à eternidade da própria essência
De mim, de nós, que tanto te amei, das que me são queridas.
Me proveu com a audição, através da qual ouço o canto
Que há décadas ressoa em pensamentos, em minha mente,
Mesclado ao murmúrio das ondas do mar que em encanto
Se calaram para que eu te ouvisse cristalina, somente.
Dotou-me da visão ,permitindo que sempre te veja perfeita,
Em cada um de teus detalhes que te fizeram e fazem única,
Semiencoberta pelo véu diáfano do tempo com que me deleitas,
Demonstrando-te sempre pura para mim, por sob esta túnica.
Permitiu-me que pudesse me exaurir, pelo olfato, com teu olor,
Inebriar-me com a doce suavidade que de teu corpo emana,
De cada um de teus detalhes sorvidos com profundo amor,
Em nossos sutis momentos, eternizados pela chama insana.
Para saborear de tua carne, concedeu-me também o paladar,
Autofágicos, consumindo-nos no infinito de nossas totalidades,
Descobrindo, inventando e redescobrindo novas formas de amar,
em sutis momentos, vividos como se para sempre, se eternidade.
E pelo tato, como última de suas permissões a mim concedidas,
Foi-me dado caminhar e passear por todo teu corpo, enlevado,
Sentindo a suavidade de tua pele, de teus contornos, de tua vida,
Dos tantos encantos que guardaste e a mim confiaste, extasiado.
Contudo, para mim, creio o mais importante de todos os sentidos
Que é guardado e confiado a somente alguns, felizmente poucos,
É a intuição, que faz destes eremitas, isolados, estetas, perdidos,
Como ora me encontro, talvez até mesmo com um pouco de louco.
É o bruxulear desta luz que ilumina minhas noites vazias de asceta
É esta certeza de que o momento da redenção já está no prazo,
E nos cantaremos afinal na mais pura poesia, como musa e poeta,
É o crer que em pouco tempo eu te terei de novo em meus braços.
Deus, ao me criar em Sua sempre infinita sapiência,
Me dotou de cinco sentidos a nortearem minha vida,
Que me conduzissem à eternidade da própria essência
De mim, de nós, que tanto te amei, das que me são queridas.
Me proveu com a audição, através da qual ouço o canto
Que há décadas ressoa em pensamentos, em minha mente,
Mesclado ao murmúrio das ondas do mar que em encanto
Se calaram para que eu te ouvisse cristalina, somente.
Dotou-me da visão ,permitindo que sempre te veja perfeita,
Em cada um de teus detalhes que te fizeram e fazem única,
Semiencoberta pelo véu diáfano do tempo com que me deleitas,
Demonstrando-te sempre pura para mim, por sob esta túnica.
Permitiu-me que pudesse me exaurir, pelo olfato, com teu olor,
Inebriar-me com a doce suavidade que de teu corpo emana,
De cada um de teus detalhes sorvidos com profundo amor,
Em nossos sutis momentos, eternizados pela chama insana.
Para saborear de tua carne, concedeu-me também o paladar,
Autofágicos, consumindo-nos no infinito de nossas totalidades,
Descobrindo, inventando e redescobrindo novas formas de amar,
em sutis momentos, vividos como se para sempre, se eternidade.
E pelo tato, como última de suas permissões a mim concedidas,
Foi-me dado caminhar e passear por todo teu corpo, enlevado,
Sentindo a suavidade de tua pele, de teus contornos, de tua vida,
Dos tantos encantos que guardaste e a mim confiaste, extasiado.
Contudo, para mim, creio o mais importante de todos os sentidos
Que é guardado e confiado a somente alguns, felizmente poucos,
É a intuição, que faz destes eremitas, isolados, estetas, perdidos,
Como ora me encontro, talvez até mesmo com um pouco de louco.
É o bruxulear desta luz que ilumina minhas noites vazias de asceta
É esta certeza de que o momento da redenção já está no prazo,
E nos cantaremos afinal na mais pura poesia, como musa e poeta,
É o crer que em pouco tempo eu te terei de novo em meus braços.