Cavalgada


Amo tanto este amor com que às vezes me amas,
quando te lanças lúbrica em meus sedentos braços,
Abraço apertado de que não queremos nos livrar,
quando sinto que teu corpo sedento o meu reclama,
e que entre nós nem mesmo mais restam os traços
de meu corpo convexo em teu côncavo a se completar.

Amo tanto este amor contido em que nos lançamos,
Nestes momentos meigos, puros, carinhosos, dolentes,
Para logo em seguida despertarmos a latente chama,
Agora incontrolável e incontida com que nos amamos,
Despertando em nós o crepitar das emoções latentes
Que se irradiam por nosso leito, por toda nossa cama.

Amo tanto este amor quando após, exaustos, exauridos
Da longa cavalgada por paragens que só eu conheço,
Uníssonos em nossos desejos impudicos, incontidos,
Acolho-te nos braços, em um abraço, para novo recomeço.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 14/10/2013
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