EGOÍSMO DE SER UM “EU”
O que pode um homem trazer em seu coração? Tamanha é a vastidão
Seus desígnios, seus caminhos, seus meios, sua solidão
Quem poderá compreendê-lo? Tocá-lo? Senti-lo?
Seus mistérios, seus silêncios, seus mitos
Quem entenderá o mais vil egoísmo de ser um “eu”
Com suas manias, com seu jeito, seu manejo
O que poderá um homem trazer em seu coração? Tamanha é a ilusão
De compreender a forma, o modo, a ação
Quem poderá alcançá-lo, transpassá-lo, senti-lo?
Seus medos, seus receios, seus vícios
Quem conviverá com a mais delicada forma do egoísmo de ser um “eu”
Tão injusto, tão impuro, tão desleal
O que pode um homem trazer em seu coração?
Apenas o mais vil egoísmo de ser um “eu” sem igual
Fernanda A. Fernandes
14/10/2013