VERSOS COPIOSAMENTE ASSIS (p/ Sheila Assis)
Almas siamesas, almas tênues, alma gêmeas
Todas em formas "desinteiras"
Desintegram-se diante da ampulheta interior
No sonho amarelo do abstrato mundo
Onde a rosa casta tem sua moldura da dor
Junto a poesia que jamais escreveria
Ou a poesia sangrenta mártir desse amor político
de forma digital e analógica
A refletir na face que tu beijas
Impregnando meus poros
Do cheiro que vem de ti
Profanado meu perfume epidérmico
Então nesse momento único
Terei uma fada em rosto
E um fantasma em minha alma
A partir daí serei coveiro de mim
Para com um ramalhete e origamis
Pedir faz poesia pra mim e então de supetão
Terei pesares intempestivos com cafeína
No revelar de pérfidas mutações
E eu maquiavélica no banco dos réus
A clamar que me permitam chorar só hoje
Todas as dores pungentes do meu inverno intrínseco
Em cinzas híbridas e migalhas do meu refugo poético.