VERSOS COPIOSAMENTE ASSIS (p/ Sheila Assis)

Almas siamesas, almas tênues, alma gêmeas

Todas em formas "desinteiras"

Desintegram-se diante da ampulheta interior

No sonho amarelo do abstrato mundo

Onde a rosa casta tem sua moldura da dor

Junto a poesia que jamais escreveria

Ou a poesia sangrenta mártir desse amor político

de forma digital e analógica

A refletir na face que tu beijas

Impregnando meus poros

Do cheiro que vem de ti

Profanado meu perfume epidérmico

Então nesse momento único

Terei uma fada em rosto

E um fantasma em minha alma

A partir daí serei coveiro de mim

Para com um ramalhete e origamis

Pedir faz poesia pra mim e então de supetão

Terei pesares intempestivos com cafeína

No revelar de pérfidas mutações

E eu maquiavélica no banco dos réus

A clamar que me permitam chorar só hoje

Todas as dores pungentes do meu inverno intrínseco

Em cinzas híbridas e migalhas do meu refugo poético.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 13/10/2013
Reeditado em 20/01/2022
Código do texto: T4523341
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