Sina de coveiro
No rebimbar das trevas,
Depois do acidente,
Ouvia-se nítido e claro
O pranto sincero do coveiro,
Que também era dono da funerária.
Morreram mais de trinta.
Então? O pranto; por que seria?
Depois de tão abençoada noite,
Não seria um lindo dia?
Talvez pelo muito trabalho...
No fundo ninguém sabia,
Que no redemoinho da tragédia,
Não tinha gosto de comédia,
Era sua família que morria.