SOLIDÃO DO IMPERMANENTE
Estou tão cansado!
Estou tão só!
Não mais compartilho,
Do entusiasmo e esperança
Da raça humana...
Sinto-me desconfiado
De qualquer verdade absoluta,
E duvidoso sobre os propósitos
Deste desejo preservador,
Entranhado em nosso instinto
Sinto-me distante e perdido,
de uma causa maior,
E uma verdade irrefutável
Não me sinto livre e feliz,
Neste jogo de labirintos e trevas
Todos esses segredos insondáveis!
Não vejo verdades nem vitória
Em permanecer em ilusão!
Não vejo sabedoria em nascer,
Crescer e morrer sem se saber por quê?
Carrego a sensação de estar aprisionado
A correntes pesadas de culpas hereditárias
Não! Não quero instintos a me preservar
Em formas impermanentes!
Não quero o jogo interminável
De forças contrárias e mutantes !
Estou farto deste brincar cruel,
De bem e mal....
Quero voltar à origem,
À essência!
Que nada tem haver,
Com as máscaras de tantos ""Eus""
Busco incansável,
Um caminho que me leve de volta
É o que me dá esperanças!
( se posso dizer que tenho esperanças...)
Estou no caminho de volta ao impessoal.
CESAR SEMA PENSAMENTO