CÉU DE RIBEIRÃO
(Sócrates Di Lima)
Um céu de poesia,
Um céu de anil,
Um céu lindo de todo dia,
O melhor céu do Brasil.
Um azul safira
Cobre o céu de ribeirão,
Em brancas nuvens, inspira,
A canção de paz no coração.
o Sol em ouro gema,
Raios de luz produz,
E a poesia em cada tema,
Um olhar de alegria produz.
No céu que em volupia seduz,
Um cântico de poesia,
Em plena luz do dia,
Divagações de amor á saudade conduz.
Sentado ao relento, ao tudo olhando,
Ao que se espalha no céu de Ribeirão,
Flores e perfumes aflorando,
Na alma que ama sem paixão.
Pássaros em voos assimétricos,
Dividindo o espaçõ com aviões,
Horizontes hemisféricos,
Fazem céus azuis em corações.
E porque não dizer do por do Sol,
Na madrugada de verão,
E no pintar do arrebol,
Nas tardes de Ribeirão.
e assim, também tem devaneios de um amor,
Nas tardes de saudade que não mais verão,
E as lembranças que o tempo apaga a dor,
Apaga os dias de tristeza no céu de Ribeirão.
Mas, quando chega a noite em breu,
Em vozes silenciosas na escuridão,
Tudo existe, inclusive Eu,
Com o coração em chamas, sob o céu de Ribeirão.