Que ou Quem Sou Eu?
Por tantas vezes me quedo pensativo à procura
Do cerne de meu próprio eu, do que sou, do que sinto,
Divago por mundos distantes, chego às raias da loucura,
E por mais que procure, mais me distancio, eu pressinto.
Tento encontrar razões, assim, para tanto sofrimento,
em minha hoje já tão distante e esquecida infância,
nela só encontro alegrias falsias, mas nenhum lamento,
das tardes baldias, sem preocupações, sem substância.
Em minha juventude fui feliz, e muito, repleto de amores,
Amores muito amados que me preencheram os pensamentos,
Que coloriram meus dias e tardes com as mais belas cores,
Como um quadro de Matisse, matizado de sentimentos.
Tantos sorrisos francos trocados em corações entrelaçados
Tantas lágrimas vertidas, porém mais as de saudade,
Tantos carinhos espontâneos e sinceros entre nós trocados,
Que se perderam, levados pelo tempo, mesmo que sem maldade.
Hoje, em tempo presente me pergunto, afinal, o que sou,
O que de mim restou, quem sou eu, um mero espectador
Das nuances desta vida que vivi e que passou, tudo acabou,
Ou continuo sendo um velho moço que ainda crê no amor.
Por tantas vezes me quedo pensativo à procura
Do cerne de meu próprio eu, do que sou, do que sinto,
Divago por mundos distantes, chego às raias da loucura,
E por mais que procure, mais me distancio, eu pressinto.
Tento encontrar razões, assim, para tanto sofrimento,
em minha hoje já tão distante e esquecida infância,
nela só encontro alegrias falsias, mas nenhum lamento,
das tardes baldias, sem preocupações, sem substância.
Em minha juventude fui feliz, e muito, repleto de amores,
Amores muito amados que me preencheram os pensamentos,
Que coloriram meus dias e tardes com as mais belas cores,
Como um quadro de Matisse, matizado de sentimentos.
Tantos sorrisos francos trocados em corações entrelaçados
Tantas lágrimas vertidas, porém mais as de saudade,
Tantos carinhos espontâneos e sinceros entre nós trocados,
Que se perderam, levados pelo tempo, mesmo que sem maldade.
Hoje, em tempo presente me pergunto, afinal, o que sou,
O que de mim restou, quem sou eu, um mero espectador
Das nuances desta vida que vivi e que passou, tudo acabou,
Ou continuo sendo um velho moço que ainda crê no amor.