ACHADOS & PERDIDOS

De desventurados ou meros afoitos

Foi-se feito o achamento desta

Que entre outras no mesmo largo

Depauperadas palafitas, esbórnia

Água de coco, madeira, lei no espaço

Áridos que sobram do bagaço da cana

Olarias em som de cristais

Pelo arremedo em enredo, conterrâneo

Tiros libertos do cangaço

Conquistadores e sobressalentes

Almas de aço a gisa do ferro gusa

Torres de encantamento, malvas gris

Deste vero que te quero verde, fita

Na fivela que enlaça alma travessa

Travessia bandeirante ouro e prata

O réu petróleo que jorra ao mar

Cisterna para um bom gado de corte

Ávida terra tão gentil

Povo semi dócil, pó, tapera, sem ar

Laços irmanados nos sofregos caminhos

Do tudo que se planta dá, restam

Argilas descompassadas, moças belas

Força de braços que se desdobram

Entre as castas que povoam

E dos velhos tomam alguma coisa

Sim, tempero bem brasileiro

Negro, mulato, branco, índio

Terra de santos, demônios e boleiros

Costumes, achados & perdidos

A mão que move a temperança, plantou também um mar de esperança.

Peixão89

De descobertos agora, que aparecidos ficam, vislumbres exultam, terras brasilis.

Peixão
Enviado por Peixão em 26/08/2005
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