Boca proibida
Sua boca
já quase minha
esconde segredos:
ora encantadores,
ora assustadores,
ora acolhedores.
Afoito, fecho os olhos,
como se fosse uma cobra-cega
perdida entre tantos desejos.
Tento fugir
tento fingir
digo que sou demente,
você não acredita.
Meu coração vacila
minha alma oscila
vou pela contramão
você me busca
você me prende...
só com o olhar.
Digo que você não me entende
você estende os braços
envolve meu corpo
num abraço delirante.
Viro um gigante,
um menino,
um bicho acuado e vencido.
Só assim, me entrego,
ao fogo e ao perigo.