Vinte anos
A estrela voou como um pássaro parado
não parava de brilhar no constante passado
tendo nela um cansaço antecipado do futuro
na saudade percorreu um caminho escuro
presa num vaso que se quebra em claridade
ela brilhava, pois encontrou a liberdade
os cacos eram tempos distantes
Impossível...
em quedas se uniam em instantes
Eu era o tal vaso partido
era aquela estrela parada
fragmentada e sem sentido
Eu era aquela calada
Numa cidade há vinte anos passava
a realidade estava numa sombra encostada
Já não lembro de meus dez anos
o sonho tomou minha vida
era movida por enganos
sou agora uma cantiga ouvida!