Validade
Euna Britto de Oliveira
Contra o céu da noite
Uma nuvem forma um incrível mandarim!
Queixo e barbicha apontados para a frente
Atrevido
Trança esvoançante
Apressado
O meu mais novo vizinho do lado!
Um mandarim chinês
Um oriental
O que entre nós seria
Um indês!
Esta noite mesmo
Muitos morreram de frio.
Todo dia é dia de fome.
Apesar de que minhas fomes sejam várias,
Dou Graças
Porque pude comer
Feijão, arroz, carne, abóbora, mandioca frita empanada...
Pimenta e menta agradam ao meu paladar.
Bartira- filha de Tibiriçá.
Mentira - filha do diabo.
Minha cabeça não cabe tudo,
Deixo vazar pelas mãos!...
Perigosa goteira
Que me ocupa e toma o tempo de avisar...
Hoje, visto uma blusa cor-de-rosa, calça jeans
E sandálias de palha
Falo inglês com um alemão
E tomo café com pão.
Meu vencimento é como o dos iogurtes,
Só que não o trago escrito.
Deus esconde o futuro aos homens
E lhes dá curiosidade.
Deve ser por causa de nossa vaidade
Que nos oculta a validade...
Ou então é por piedade...
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Tibiriçá foi o primeiro índio a ser catequisado pelo padre José de Anchieta.
Seus restos mortais encontram-se na cripta da Catedral da Sé,
na cidade de São Paulo.
Pai da índia Bartira, mulher de João Ramalho, de quem era grande amigo e a pedido do qual defendeu os portugueses quando chegaram a São Vicente.
Tibiriçá deu aos jesuítas a maior prova de fidelidade, a 9 de Julho de 1562 (e não 10, como habitualmente se escreve), quando, levantando a bandeira e uma espada de pau pintada e enfeitada de diversas cores, repeliu com bravura o ataque à vila de São Paulo, efetuado pelos índios tupis, quaianas e carijós, chefiados por seu sobrinho (filho de Piquerobi) Jagoanharo.
Fonte: Google