ZUMBIS

ZUMBIS

Mascaras por todos os lados que eu olho,

Entre as lapides os anjos brincam de esconde,

Soldados armados invadem a cidade,

Nos campos morrem as plantações.

As casas de quem são de bem virou prisão,

Grades nas janelas e portas impedem a visão

E Jesus no Calvário apenas vê tudo imóvel,

Romanos e anjos cantam uma canção.

Fúnebres como zumbis que sabem da escuridão,

Romanos de espada na mão não passam de bebes

Perante as crianças de ruas de nossa atualidade

E os anjos trocam as liras por arcos e flechas,

Numa luta entre o bem e o mal humano.

Até Lúcifer parou para ver a batalha de camarim.

Crianças com almas roubadas pelo crack,

Por pais que se importam mais pelo dourado,

Do que pelo vermelho do amor e da lição.

Humanos zumbis movidos pela magia do crack,

Soldados armados com medo sem ter noção

E os de bem trancafiados rezando um terço pedindo perdão.

Jesus no Calvário chora não pelas escaras,

Chora não pelos cravos nas mãos e nos pés,

Ou pela coroa de espinha encravada na testa,

Jesus chora pelas crianças zumbis do mundo,

Criadas e geradas por pais que não sabem do amor,

Que confundem a lição do dar como amar.

O cenário está formado no mundo

Falta apenas abrir os selos do Armageddon.

André Zanarella 02-10-2012

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 09/10/2013
Código do texto: T4517548
Classificação de conteúdo: seguro