ONIPOTÊNCIA DO SINGELO

Olhar do menino brilhou

Não era nada

Não era muito

Era uma bola

Somente.

Um presente singelo

Folga das dores da rua

Do ainda pesado trabalho

Diário

Penitente.

Uma casa, uma mãe

E só.

Um lar para as noites

Um sol para os dias

Ou chuva

Ou frio...

Com o dia se vai um sonho

Um pedaço a menos de esperança

Pés descalços sobem o morro

Luzes ao longe

Sonolento.

A janela enche a alma

Estrelas alimentam sonhos

Amanhã será melhor

Carinho de mãe

Acalanto.

Sol forte

Sinal vermelho

Só uma estendida mão

Um troco

Um sorriso

Ecoam lados infinitos

Novos rumos para todos

Uma placa

Um sorriso

E vidro fechado para o mundo

E ele nem viu.

LUCAS FERREIRA MG
Enviado por LUCAS FERREIRA MG em 07/10/2013
Código do texto: T4515834
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