O POETA

Não é somente
um paridor de alegrias,
de prazeres,
de felicidade.


Ele não canta só
os amores,
as paixões,
as belezas.

O poeta também sente
dores,
sofreres,
dissabores,
melancolia.

Ele se alimenta
de sentimentos,
de momentos,
de alumbramentos.

E as vezes chora
um choro surdo
calado no peito,
angustiado na alma.

Ele, o poeta
não se situa no tempo,
perde-se em reticências,
margura desventuras,
desacredita no amor.

Mas a vida é tão breve
e o seu quando tão curto
que o poeta se reanima 
e solta sua voz,
seu alento livre.

Renasce a cada verso,
enxuga as lamúrias
e parte para o seu devenir,
para o seu únco espaço,
para sua criação.

 
Otávio Coral
Enviado por Otávio Coral em 07/10/2013
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