CERCO AOS MARRETAS

Cansaram-me esperanças

sem resposta.

Cansaram-me promessas,

tantas…, tantas…

Quantas?Desconheço.

Responderá o povo

que, exposto a dura espera,

vê tudo virado do avesso,

Com seu sofrer me comovo.

Não me venham cá com tretas

e desculpas esfarrapadas

dos porquês dos males do mundo.

Estamos rodeados de marretas

com ideias maradas

e um ódio profundo.

Não vêem mais que poder.

Eles querem apenas ser

executantes dum esquema

que conduzir-nos-á,

sem pena, nem piedade,

à razão deste poema,

se nós não agirmos já.

Faça-se um cerco aos cretinos,

corruptos e manhosos,

- cobardemente servis -

que se sentem orgulhosos

do mal que estão a fazer

ao nosso querido país.

Dêmos às nossas crianças,

razão p’ra serem felizes.

O exemplo que lhes dermos

deixarão neles as raízes

que farão deles, se quisermos,

gente de bem, com valor.

Impõe-se, pois, que façamos

uma limpeza à Nação,

para que todos tenhamos

um Portugal onde o Amor

nos venha do coração

e não duma aspiração

com propósitos nefastos,

como foi no “Estado Novo”,

gerando, por vis arrastos,

revolta no nosso povo.

2013-10-07

Maria Letra
Enviado por Maria Letra em 07/10/2013
Reeditado em 05/05/2016
Código do texto: T4514598
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