AO VIOLÃO

Amarrado entre as paredes,

como na fúnebre maneira de viver.

Olvido-te, renego-te, camuflo-te...

Pobre violão, eu te arranho o dó: a clave dos inertes.

Poderia contar-te meus segredos, meus temores...

E nas melodias me deitaria nas nuvens,

escutando a serena brisa, que asseia minha alma.

Poderia expressar minha consternação com tua voz grave,

ou minha alacridade com teu canto agudo.

Tua música rutila no céu negro!

Sobre todo o primor, ainda não ressoo tuas cordas,

talvez a vida me dê uma chance: pretexto dos langorosos!

A vida é vivida, e não uma sina querida que afina minha rotina.

É libertador engraxar os sapatos antes de palmilhar na lama...

drigo andarilho
Enviado por drigo andarilho em 07/10/2013
Reeditado em 22/09/2014
Código do texto: T4514504
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