Para não dizer que não falei das flores
Para não dizer que não cultivei esses nossos amores
Para não dizer que não gritei aos quatro ventos os meus rumores
Para que essa minha pobre voz falando de amor fosse onde fores
Pintando os momentos de seus dias com inacreditáveis cores...
Mas os meus pudores me fizeram calar por entre os corredores
Os labirintos de nossos sonhos se fizeram repletos de temores
E a solidão e essa tristeza dela me mataram com suas dores.
Já não sei as cores das flores nem dos amores os rumores
Porque nos arredores dos confins de mim os jardins são incolores
E os os suplícios tantos impingidos pelo silêncio são indolores.
Como as cores de todas as flores que sempre levas onde fores.
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 06/10/2013
Reeditado em 06/02/2021
Código do texto: T4514419
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