LIBERDADE DE AMAR
(Sócrates Di Lima)
Azul o céu me acolhe,
Em asas que a liberdade me dá,
Os lugares meu desejo escolhe,
Indo e vindo, qualquer hora eu chego lá.
Em escolhas a vida me expôs,
Escolhi o que o meu coração deixou,
Não deixo nada para depois,
Nem a saudade que alguém deixou.
Tenho a liberdade de amar,
Sem as privações que a vida pode imputar,
Se livre sigo a caminhar,
É porque, ainda, tenho muito amor pra dar.
E assim, em porta de gaiola aberta,
Levanto voo mesmo que não queira,
Livre é a alma de um poeta,
Quando o amor o liberta dessa maneira.
E como o poeta ama intensamente,
E sofre quando o amor lhe alforria,
A saudade se faz permanente,
No coração e na poesia.
Eu já me conscientizei,
Que não se ama apenas uma vez,
O amor nasce, renasce, cria como já recriei,
Por isso a liberdade de amar é uma de cada vez.
E assim, estarei sempre pronto para amar,
Não importa se um dia vai se acabar,
O que importa é amar sem nunca se desconsiderar,
Que um amor em saudades pode se transformar.