POETA

Sem aforismo,

não pode ser verdade,

Que o poeta tem lágrimas falsas...

quando o poeta ama,

é exagerado,

Não disfarça.

É certo que as vezes,

"finge a dor que deveras sente",

justamente,

para não mostrar seu sofrimento,

quando a amada lhe vira as costas.

O poeta não mente,

nem seu amor finge,

o poeta é um ser ardente,

na loucura ama sem esfinge.

O poeta só precisa,

que o seu amor o ame com o mesmo prazer,

para que, ao anoitecer,

não fique do lado de fora

e nem se deixe ir embora.

O poeta, só é poeta se sofrer,

E a poesia, é o sangue que o faz viver...

Não há a bela poesia sem a dor,

E não há o poeta que de amor não é sofredor.

O poeta, vive a realidade,

A fantasia,

Vive de saudade,

Revelada em poesia...

O poeta que ama,

chora o seu amor partido,

Sem nunca ter sido,

Sem nunca ter vivido,

A carne que queima,

Sem toca-la,

E quando fala,

O poeta teima,

Chora a saudade,

Se extenua a cada dia,

Longe da felicidade,

Da mulher amada,

Que por nada,

Corrompe a sua poesia.

Quem chora lágrimas falsas,

Só a ele o reverso afeta,

É apenas alguém que disfarça,

Faz da poesia comparsa,

E jamais amou, como um poeta.

Em alusão ao texto: FALSAS LÁGRIMAS DE UM POETA (T4510709)

De: Menina sem rosto.

Permita-me, poeta.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 04/10/2013
Reeditado em 04/10/2013
Código do texto: T4510751
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