Do Tempo

Esse tempo só é contado pelo tempo que conta a saudade;

e, hoje, ele tem a idade do tempo que ficou acordado,

sonhando com o tempo passado, onde dorme a felicidade...

pois, seu tempo, na verdade, é de contar com a insônia ao lado.

O tempo, que não dorme (jamais) e que vive num eterno presente,

nesse tempo, fica doente da doença que a saudade traz;

e, somente o que o satisfaz, é sonhar com um tempo ausente,

onde acorde, novamente, o tempo dormente da sua paz.

Esse tempo é prisioneiro de um tempo em que, livre, corria...

e sua maior alegria é ter tempo de não ser passageiro

quando volta ao tempo festeiro, onde a festa da poesia

festejava, a cada dia, um novo tempo (o dia inteiro)...

e, assim, é o tempo primeiro, na grande fila da alforria...

como tempo da fantasia...como tempo do amor verdadeiro.

03-10-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 04/10/2013
Reeditado em 10/12/2015
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